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INFERÊNCIAS DE UM GARÇON - O 1º CASO.

É provável que o garçon que me inspirou a escrever esse caso nunca o leia, mas , também é possível que num dia qualquer de seu cotidiano alguém leve até ele uma folha de papel com o caso impresso. Digo isso, porque penso que um cidadão brasileiro que exerce a profissão de garçon não tem muito tempo disponível pra mexer com essas coisas de computador, internet, blog, etc.
Mas posso estar enganada. Talvez ele mesmo, o próprio garçon, tenha mais intimidade com a tecnologia da virtualidade do que muita gente... Mas, isso não importa agora.
Vamos ao caso.
Era um dia de domingo, e fomos em família almoçar no restaurante ARMANDUS. Nesse domingo foi concenso entre nós que a comida seria peixe... grelhado, ensopado, bacalhau...estavámos indecisos quanto a isso, mas enfim pedimos um surubim grelhado com legumes e arroz. Absolutamente saboroso, aliás, como tudo que o Armandus serve.
Enquanto esperávamos a comida, rolava refrigerante zero, cerveja, conversa, bla bla bla, titi titi, e então se aproxima o nosso garçon-protagonista e faz uma inferência muito interessante. Ele diz: "já repararam como ultimamente a cidade fica vazia nessa época? Há muito pouco tempo átras não era assim. Pelo contrário nas férias a cidade ficava cheinha, essa avenida ficava cheia de gente, ao contrário do que agente vê hoje. ....Acho que Montes Claros virou cidade universitária, tem muitas faculdades por aí, e a moçada que em dias normais de aula lota isso aqui, agora nas férias vai tudo embora. Antes aqui em Montes Claros era lugar de passar férias, mas hoje as férias são curtidas nas cidades deles ( dos estudantes). É! Montes Claros tá crescendo e desenvolvendo muito rápido, e isso é bom."
Quando ele acabou de falar eu estava absolutamente encantada com a simplicidade assertiva com a qual aquele garçon descreveu passado e presente de uma realidade cotidiana. Dita por ele, essa inferência me pareceu ao mesmo tempo nostálgica e muito positiva. Comecei a pensar sobre o tema, e estou pensando até hoje.... Será que a cidade vazia de jovens estudantes no período de férias que vemos hoje tem alguma coisa haver com um monte de diplomas e profissionais bem colocados no mercado de trabalho amanhã? Ou não?



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